Como lembramos o que já “esquecemos”?
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A maioria das doenças tem origem no desequilíbrio das nossas emoções, pensamentos e sentimentos, o que leva posteriormente ao “surgimento” das doenças no corpo físico.
A psicossomática é a ciência que estuda as doenças orgânicas com descarga no corpo, pois se entende que não existe separação entre mente, corpo, alma e espírito. O termo psicossomático foi utilizado pela primeira vez em 1818 por Heinroth, psiquiatra alemão.
O estudo dos problemas psicossomáticos é uma especialidade da medicina e da psicologia que lida com a relação entre uma doença somática, do corpo e sua origem emocional, e assim, tratar a pessoa, e não a doença.
Na somatização há presença de sintomas físicos, mas não há doença orgânica. A causa dos sintomas é emocional. Por exemplo, uma pessoa tem taquicardia, o coração dispara e ela vai ao médico achando que está com problema no coração, faz exames, e não acusa nada. Esta taquicardia pode ser sintoma de uma crise de ansiedade. Isso é somatização.
Diante de eventos psicologicamente traumáticos (divórcio, separação, demissão, sequestro, traição, hospitalização ou morte de pessoa querida) é comum que um ou mais sintomas sejam somatizados.
Na somatização os exames não acusam nada porque a pessoa não tem nada fisicamente, o sofrimento físico é um reflexo do sofrimento emocional, que está escondido, por ter sido reprimido, não explorado e não elaborado.
Pessoas com tendência à somatização são equilibrados emocionalmente, porém apresentam dificuldade em lidar e expressar seus sentimentos. Por exemplo: um indivíduo passa pela perda de um ente querido, não chora nem fala sobre o fato e, a seguir, desenvolve uma doença orgânica grave.
A somatização é frequentemente encontrada no trauma infantil, maus-tratos e abuso sexual.
A doença psicossomática é a presença de alterações clínicas confirmadas por exames de laboratório, embora tais alterações tenham sido desencadeadas, determinadas ou agravadas por razões emocionais.
É uma doença física, mas com causa psicológica. Em situações de forte estresse emocional o corpo reage como que se fosse um grito da própria alma, como se dissesse: “olhe para mim, não estou bem”!
Alguns autores dizem que três modalidades das doenças não são de origem psicossomática:
– Congênitas: quando a pessoa nasce com uma má formação ou deformação;
– Ambiental: Quando ações externas são causadoras de doenças como impactos, gazes, radiação, vírus, etc.;
– Genética: Quando a pessoa recebe de seus pais genes relacionados as doenças.
Pode representar tanto a manifestação física com lesões orgânicas, quanto sintomas físicos sem explicação médica, desde que gerados por conflitos inconscientes.
O estresse e a ansiedade são os principais fatores que acabam por influenciar no aparecimento, na manutenção ou repetição de uma doença física, porque eles alteram o funcionamento de vários sistemas do nosso organismo, principalmente o sistema imunológico, responsável pelas nossas defesas.
Na visão junguiana todo sintoma é psicossomático e pode ser um meio para que o processo do autoconhecimento possa acontecer. A mente, por não conseguir resolver ou conviver com um determinado conflito emocional, passa a produzir mecanismos de defesa com o propósito de deslocar a dificuldade e/ou “ameaça” psíquica para o corpo.
É importante compreender que os sintomas são reais e dolorosos, mesmo que não existam causas orgânicas que justifique. Quanto maior o impacto psicológico, mais grave são os sintomas.
O surgimento dos sintomas psicossomáticos dependem e variam com pelo menos três fatores interdependentes:
– Qualidade/ estilo de vida: hábitos alimentares, atividades físicas, sedentarismo, vícios, etc.
– Herança genética: maior predisposição para desenvolver alguns tipos de sintomas e/ou doenças.
– Fatores psicoafetivos: depende como cada um lida com sua emoções, traumas, abuso físico, emocional e /ou sexual, sentimentos de abandono, rejeição, culpa, principalmente se vivenciados nos primeiros anos de vida.
Essas somatizações acontecem a curto ou longo prazo, onde cada mente e corpo reage de acordo com seu próprio tempo, e todos os sentimentos que negamos e reprimimos podem dar origem as doenças se guardados por muito tempo.
Alguns autores aceitam a ideia de que a doença psicossomática acontece quando há dificuldade para a pessoa reconhecer e verbalizar sentimentos e emoções. Ou seja, mais que passar por qualquer tipo de conflito, o que colabora para o desenvolvimento de um sintoma e/ou doença é o fato de não expressar o que se sente.
Por isso devemos resolver as questões que nos aflige, aborrece, evitando assim que nosso inconsciente se comunique através da linguagem do corpo, pois é fato que o fator psíquico predomina, constituindo a origem de quase todas, senão todas, as doenças adquiridas ao longo da vida. Mas infelizmente, o uso de medicamentos tornou-se praticamente rotina na vida das pessoas. Muitos preferem tomar um remédio a refletirem sobre o que interiormente não está bem.
A psicossomática nos indica não somente a busca e possibilidade de cura, mas também a importância da prevenção quando entendemos a linguagem do inconsciente através de sua simbologia. Assim, toda e qualquer doença deve ser considerada como uma mensagem do inconsciente, como os sonhos, que se utilizam dos símbolos para expressar conflitos internos, e que posteriormente precisam ser interpretados e compreendidos.
Podemos buscar as possíveis causas dos sintomas através de algumas técnicas que acessam o inconsciente, como a interpretação dos sonhos, a técnica da imaginação ativa de Jung, e a hipnose.
Tanto na doença psicossomática como na somatização, a causa é emocional, mas na psicossomática há alteração física e na somatização não.
Se você tem sintomas físicos, procure identificar as possíveis causas emocionais, mas lembre de que muitas vezes a origem desses sintomas são os traumas vivenciados nos primeiros anos de vida, e mesmo que você não os lembre, estão registrados em seu inconsciente.
O mais indicado é buscar um psicólogo com especialização e experiência em Psicossomática, que poderá orientar como entender melhor essa linguagem do inconsciente que expressa as emoções reprimidas em nosso corpo.
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