Síndrome do Bebê Sacudido
A Síndrome do Bebê Sacudido é uma forma de abuso físico que ocorre quando um adulto sacode um bebê geralmente menor de seis meses, “com frequência pela irritação com seu choro, ou por realizar algum ato no qual não tem domínio, que desagrada a quem cuida dele” (Ministério da Saúde, 2002). Alguns autores citam como média quando provocado em crianças de 0 a 5 anos.
Um bebê que não para de chorar pode acabar levando pais ou cuidadores ao descontrole. Embora lidar com essa situação nem sempre seja fácil, algo que jamais deve ser feito é sacudir o bebê como forma de repreendê-lo.
Embora o termo “bebê sacudido” normalmente seja atribuído a violência sofrida pela criança, pode acontecer em outras situações, como brincadeiras normais.
Muita gente não sabe, mas o movimento brusco da cabeça do bebê para frente e para trás pode deixar sérias sequelas e até mesmo colocar sua vida em risco. Não existem estatísticas precisas a respeito da incidência da chamada síndrome do Bebê Sacudido, já que por ser considerada um tipo de abuso, acaba sendo registrada como violência contra a criança. Entretanto, os médicos recomendam que os pais tenham cuidado e evitem as chacoalhadas, mesmo durante as brincadeiras. Ao ser sacudido, o bebê pode sofrer lesões cerebrais e na coluna, o que pode ocasionar sequelas permanentes ou até mesmo, em casos mais graves, a morte do bebê.
Síndrome do bebê sacudido (Shaken baby syndrome) – é o maltrato em que uma criança, geralmente um bebê, é sacudida, na maioria das vezes pelos próprios pais, causando hemorragias intracranianas e intraoculares que podem levar à morte ou deixar graves sequelas, que muitas vezes só serão detectadas ao longo da vida, em razão de distúrbios no aprendizado ou no comportamento.
O diagnóstico é difícil e obriga o profissional de saúde a estar informado sobre sua grande frequência e sobre a necessidade de anamnese bem completa, com exame obrigatório de fundo de olho e ressonância magnética para o diagnóstico de micro-hemorragias cerebrais.
Prognóstico:
1. Existe um grande índice de mortalidade entre as crianças, variando de 7 a 30% dos casos;
2. Em torno de 30-50% dos casos vão apresentar distúrbios cognitivos e neurológicos;
3. E cerca de 30% podem ser recuperar, mas sem que seja descartada a possibilidade de sequelas neurológicas.
- Vídeo sobre a Síndrome – 03:41 min.