Quando procurar um psicólogo?
Embora já estejamos no século XXI, muitas pessoas têm vontade de fazer psicoterapia ou análise, mas o preconceito e a vergonha, as impedem de procurar um profissional. Ainda há pessoas que se sentem infelizes, angustiadas e nada fazem para mudar, valendo-se da crença “sou assim mesmo…”. E o pior, acreditam que não podem mudar. Mesmo cada um tendo o direito de ser como quiser, todos podemos buscar viver melhor, mas muitas vezes isso envolve mudanças. É preciso diminuir o preconceito que ainda existe, e para isso só há uma forma: informação. Na realidade o preconceito existe apenas por falta de conhecimento.
Você já reparou que quando procuramos alguém para desabafar, o outro sempre tenta contar a sua própria história e ficamos com a sensação de que não fomos ouvidos? Isso acontece porque o outro pode pensar que a experiência dele vai lhe ajudar, e realmente pode ajudar; mas o que acontece mesmo é que todos estão tão ansiosos para falar, que nem percebem o momento e a dificuldade de quem os procura. E naquele momento você precisava de alguém que o ouvisse com atenção e pensasse junto para aliviar a dor e ajudá-lo a trilhar um novo caminho. É nisto que o processo psicoterapêutico se difere.
A Psicologia com suas técnicas científicas pode realmente ajudar as pessoas a viverem melhor, pois o objetivo maior é o autoconhecimento. É preciso deixar claro que quando se procura um profissional, ele não está lá para dar conselhos, julgar, dizer se você está certo ou errado, mas sim para pensar junto e ajudá-lo a chegar na essência de quem você realmente é. O importante é procurar um profissional com sensibilidade para entender sua dor e que te faça se sentir acolhido.
Lembre-se que procurar ajuda terapêutica é um sinal de coragem e maturidade, e não fraqueza como alguns acreditam. Mas infelizmente, o preconceito mistura-se com a ignorância, fazendo com que muitos deixem de se beneficiar do trabalho terapêutico, pois participar deste processo ainda é considerado “coisa de louco”, quando na realidade, a alienação de si mesmo é que se torna o maior gerador de conflitos.
Abaixo segue algumas informações básicas:
CRENÇAS PARA NÃO PROCURAR PSICÓLOGO(A):
– preconceito – “não sou louco” / “é frescura”
– falta de informação
– valor elevado – “é caro” / “é só para rico”
– medo – de mudar, ou ainda, se tornar dependente e fazer o que o profissional quer
– sou suficiente, não preciso de ninguém
– vergonha
– não gostou ou não adiantou quando procurou anteriormente
CAUSAS MAIS FREQUENTES QUE FAZ COM QUE AS PESSOAS PROCUREM:
– separação
– perda ente querido
– dificuldades nas relações
– pesadelos
– doenças (depressão, infarto, alcoolismo, pele, adicção, medos, fobias, pânico, câncer, HIV+, etc)
– repetição de padrão nos relacionamentos
– elevar o autoconhecimento
Mas você pode procurar em qualquer momento que deseje.
CAUSA REAL:
– Necessidade se encontrar – “self” , o verdadeiro EU, sua essência.
PROCURE UM PSICÓLOGO QUANDO SENTIR:
– angústia
– tristeza profunda e prolongada
– doenças/sintomas físicos
– anorexia/bulimia
– sofrimento e/ou dor emocional
– repetição de padrões conhecidos
– choro constante
– conflitos nos relacionamentos
– agressividade
– vítima de maus-tratos: abuso físico, sexual e/ou psicológico na infância
– desejo de entender as consequências do que ocorreu na infância
– pesadelos freqüentes
– sonhos recorrentes
– necessidade excessiva de agradar
– busca incessante de aprovação e reconhecimento
– não saber lidar com as próprias emoções, nem tem controle das mesmas
– insegurança
– autoestima baixa
– falta de amor-próprio
– necessidade em elevar o autoconhecimento
– ou qualquer sentimento ou situação que não saiba como lidar
As causas não estão aqui em ordem de importância. Tudo que você sente é importante, por isso não hesite em procurar um profissional qualificado quando sentir que é necessário.
BENEFÍCIOS AUTOCONHECIMENTO:
– redução aspectos negativos
– maior controle emocional
– consciência maior das origens dos comportamentos
– contato com a criança interior
– maior entendimento dos acontecimentos da infância
– ausência conflitos emocionais
– maior consciência das necessidades emocionais
– sentimentos mais facilmente identificados
– identificação das máscaras e dor original
– aprende a cuidar mais de si mesmo
– melhor relação consigo mesmo e com os outros
– equilíbrio razão X emoção
– mais respeito por si mesmo
– necessidade de aprovação, reconhecimento e/agradar diminuem
– sintomas e/ou doenças tendem a diminuir ou desaparecer
– não repete mais padrões
– autoestima e amor-próprio aumentam
– conteúdos inconscientes se tornam conscientes
– maior autoconhecimento
– paz interior
“Dizem que sou louco por pensar assim,
se eu sou muito louco,
por eu ser feliz, mais louco é quem me diz e
não é feliz, não é feliz…”
Balada do Louco – Os Mutantes
Quer saber a diferença entre psicólogo, analista e psiquiatra?